Vejo o mundo lá fora, por entre as cortinas, pelas fretas da janela e confesso tenho curiosidade de saber como funciona essa mecânica.
Como é isso de, noite após noite, se tornar intimo de alguém fisicamente, pura e simplesmente, deve ser estranho e ao mesmo tempo libertador.
Não, não é puritanismo, é só que para mim as coisas não aconteceram assim, me descobri como mulher ao mesmo tempo em que descobri o relacionamento.
E eu gosto de relacionamentos, independente do interesse sexual, eu gosto de quando não há mais a necessidade de impressionar, parecer inteligente, ter respostas boas, histórias engraçadas, argumentos contundentes.
Quero usar meu pijama de corujas e meias de vaquinha, falar bobagens, fazer brincadeiras idiotas e confessar minhas vertentes nada bondosas.
Quero mais ainda dividir e ver tudo isso em alguém, escancarar as partes menos dignas.
Eu quero ver de perto, conhecer como é da porta pra dentro, despido de quem tenta ser lá fora no resto do dia.
...mas o mundo é essa eterna competição...e a medida que o mistério se esvai, leva consigo todo sexy appeal...e talvez eu não seja desse mundo, onde é preciso administrar prazeres efêmeros ou realidades frigidas.
...e para cada escolha, uma renuncia ;)
Nenhum comentário:
Postar um comentário