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domingo, 22 de março de 2015

Sobre Filhos, Maridos e Paniquetes


E acaba de me ocorrer que há dezesseis anos tenho cobrado meu marido pelas mais diversas coisas:

Não use bermudas com meia, na verdade não use essas bermudas
Faça academia, coma frutas, saladas, você precisa engordar, você precisa emagrecer...
Vamos ficar noivos, vamos nos casar, vamos comprar um imóvel, quero um animal de estimação, quero outro animal, quero um filho...

E de repente eu que me achava vitima, que me sentia remando contra a maré, me vi uma Tirana!

E hoje há menos de vinte dias de completarmos seis anos de casados e dezesseis juntos, pude perceber que durante todo esse tempo ele tem se esforçado para fazer minhas vontades e que tudo é uma questão de ótica.

E porque estou falando sobre isso tudo?

Porque a cada dia que passa somos rodeamos por amigos que ou tem filhos ou estão "grávidos" e eu me sinto ficando para trás e não é uma questão de se misturar a maré, é que hoje tudo parece sem sentido.

É como se tudo que fizéssemos, fosse feito para preencher um vazio, acredito que a vida é feita de fases e a do casal mais ainda.

Só que dessa vez eu resolvi respeitar a opinião dele, talvez porque seja filha de pais separados, na verdade, filha de pai ausente e não queira que meus filhos passem pelo mesmo que eu.

Talvez porque eu tenha mais medo do que vontade...medo de tudo, de não conseguir financeira, psicológica e fisicamente viver essa experiencia.

Talvez porque tenha sonhos ou histórias mal resolvidas onde não cabe um filho...

Uma coisa é certa, como diria a cartomante, minha vida está em uma encruzilhada e talvez isso não tenha nada a ver com a minha vida, mas com a vida de todos nós.

Muito mais provável que essa seja uma fase de qualquer ser humano, muito mais provável que isso tenha a ver com a idade...

E as Paniquetes???

É só que... enquanto ele assiste Panico na TV e ri de suas piadas, eu estou aqui queimando meus neurônios, o mundo seria muito mais fácil se nós mulheres fossemos como eles, pensamos demais, planejamos demais...

Eu queria só por um minuto não pensar em nada, viver o agora, sem expectativas, sem cobranças, sem culpa, sem amanhã.

* Por um mundo mais leve...dentro da minha própria cabeça.


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