É, eu sempre ligo, mas por
favor não me atenda. Prefiro ouvir aquela pessoa que vive na sua caixa postal e
não a que idealizei e você não soube ser.
O encontro marcado naquela rua
ladrilhada de brilhantes, na verdade, não dava em lugar algum.
Tenho mentido, a grande verdade
é que não busco você e sim esse universo paralelo onde se aproveita os intervalos
da realidade.
Talvez quando essas fugas
acabarem, a gente pare de achar que tudo bem, brincar como crianças e
sonhar como adolescentes.
Querer ser esquecida em uma
loja de brinquedos ou dentro de uma história de amor, não pode ser normal, no
mínimo não é maduro.
Acho que não nos amamos, na
verdade amamos a promessa de refúgio, é uma relação mútua de resgate.
Não quero mais falar sobre como
a sociedade contemporânea está fadada ao fracasso, quero administrar o meu.
Por favor, ilusão, não me
atenda mais.
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