Muitas vezes me
culpo por ver grandezas em futilidades, me perder em sutilezas e não consigo
ser diferente.
Queria
discutir o aquecimento global ou a crise nacional, mas estamos afogados nessas
notícias, 24 horas sendo bombardeados por elas e como posso salvar mundo se não
consigo salvar a mim mesma.
Parece egoísta,
mas quando olho para dentro de mim sou capaz de isolar esse tipo de ruído e dar
atenção ao que realmente importa, os seres humanos, pois somos nós que fazemos
esse mundo, somos o conteúdo dessa garrafa.
Eu ando por ai
sentindo que todo mundo sabe o que fazer, menos eu, todos seguros e eu cheia de
conflitos, incômodos que não afligem a ninguém.
É tão
encorajador quando encontro alguém como eu, que sabe discutir a real complexidade,
ambiguidade e incerteza do ser.
Geralmente,
pelo menos para mim, quando alguém fala somente sobre ideologias, usa uma
cortina por sobre os olhos e é tão entediante, pois isso está nos livros, na mídia
e a menos que tenha impresso sua personalidade ao assunto torna-se mecânico e redundante.
Mais triste
ainda é quando alguém se põe a falar de outro sem nenhuma empatia e pura
mediocridade de alguém que rebaixa para se sentir superior ou idealiza para
viver uma vida que não é sua.
Ficamos assim,
fale de você, que eu falo de mim e costuramos tudo isso com as demais
amenidades cotidianas, que é o que todo resto me representa.
Ótimo feriado
amores
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