Dias desses lembrei
de uma história digna de roteiro de filme...de terror talvez.
Trabalhei dos 14 aos
16 em uma fábrica de produtos para festas, sabe, papel de bala de coco,
forminha de brigadeiro, essas coisas.
1ª lembrança:
Trabalha das 6 da manhã as 8 da noite – eu que fazia hora extra, para ganhar
uns trocados a mais, tanto que...
2ª lembrança:
trabalhava aos sábados e o dinheiro que recebia no final do trabalho servia
para comprar balas e doces nas Lojas Americanas e uma casquinha de sorvete, ia
com a galera e voltamos a pé para casa, uma grande distância, mas felizes e
farreando com sorvetes e chocolates nas mãos.
3ª lembrança:
Essa galera, crianças de 14 a 18 anos, iam (inclusive eu) dentro de uma perua
Kombi amontoados trabalhar, sem qualquer segurança.
4ª lembrança: nas
horas extras o chefe deixava as meninas bonitinhas por último para investir.
5ª lembrança:
trabalhávamos com equipamentos perigosos, navalhas que cortavam as franjas dos
papeis de bala, prensas de alta velocidade que faziam as forminhas de
brigadeiro, cheiro forte de álcool devido ao tingimento dos papeis e prensas de
altas temperaturas para fazer as formas e pratinhos de alumínio.
6ª lembrança: uma
vez uma das garotas perdeu os dedos na prensa de bandejas de alumínio, era um
movimento sequencial mecânico, ela errou o movimento e baixou a prensa com a
mão dentro, no desespero puxou e os dedos saíram como papel, nunca mais ouvi um
grito como aquele, saíram correndo pelas ruas a procura do hospital que era
muito próximo.
7ª lembrança:
prendi meu dedão na prensa de forminha de brigadeiro, corri para chorar no
banheiro, tinha medo que meu chefe brigasse comigo. Avisaram e ele me levou
ao seu “gabinete” fez massagem na minha mão com pomada, foi um lance sexual,
só percebi quando alguém entrou na sala e ficou aquele climão.
8ª lembrança: a
comida era boa, do restaurante da mãe dele, eu sentia fome e vontade em casa,
literalmente a oitava maravilha para mim.
9ª lembrança: foi
legal aprender fazer cola com maisena e eu gostava dos amigos, foi o único
lugar que trabalhei onde não havia problemas interpessoais. #estranho
10ª lembrança:
passei a ser perseguida por um traficante e um pastor sem-vergonha, eles iam
atrás de mim no trabalho, era um lance de família, o pastor era da igreja que minha mãe frequentava e
o traficante contato do meu irmão...tive que ir embora para São Paulo.
...continua
Farinha de maracujá caseira
maracujá (quantos queira)
Retire a polpa dos maracujás, descasque-os e utilize somente a parte branca
Corte em pequenas laminas e leve ao forno médio até quebrar nas mãos (cuidado para não queimar)
Bata no liquidificador e voylá :)
Benefícios da farinha de maracujá:
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